terça-feira, 5 de outubro de 2010

Um homem do mundo...

Porque é o que sou...




Sinto que vou renascer, num outro lugar
Procuro as luzes da cidade
Cruzar avenidas, novos focos
Polícia constante, desbravar a novidade
Quero conhecer melhor, homens e teias
Em que sustentam suas vidas
Sem tiro viçoso mercado, e os juros que cobra
Por uma vida em cada estilo

Sou apenas eu, o homem do mundo
Serei um defunto, sem terra pra me cobrir
Mas visto ao invés, respiro mais fundo
Pois não tenho dono, ninguém para me servir

Posso ser quem eu quiser, doutor impostor
Quem sabe um homem das finanças
Ficar na avenida a pedir trocos
De mão bem esticada, arrume aqui que tem entrada
Gosto desta vista para o rio
Do fumo e do frio, da noite que sossega a estrada
Ter estrelas como tecto, nem sempre dá certo
Sacudo agora esta lama

Sou apenas eu, o homem do mundo
Serei um defunto, sem terra pra me cobrir
Mas visto ao invés, respiro mais fundo
Pois não tenho dono, ninguém para me servir

Sou apenas eu, o homem do mundo
Serei um defunto, sem terra pra me cobrir
Mas visto ao invés, respiro mais fundo
Pois não tenho dono, ninguém para me servir

Sou apenas eu, o homem do mundo
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